Sejuf e Cedca-PR relançam campanha “Não engula o choro” 28/10/2019 - 09:40

Quando algo está errado com uma criança, ela se comunica mais pelo choro e outros sinais não verbais do que por palavras. No caso de violências, o silêncio pode ser ainda maior – porque, geralmente, o autor é alguém da própria família ou muito próximo.

Para enfrentar essa situação, a Secretaria de Justiça, Família e Trabalho do Governo do Paraná e o Conselho Estadual da Criança e do Adolescente (Cedca-PR) relançam a campanha "Não engula o choro", composta de cartazes, flyers, cartilhas e dois filmes animados, com um minuto cada,  que serão veiculados na internet e em outras mídias.

Enfrentamento - O secretário Ney Leprevost lembra que o silêncio e a não-notificação impedem que a rede de proteção tome ciência da situação e possa intervir de maneira adequada. Por isso, a campanha traz também o número do Disque Denúncia (181). "É imprescindível sensibilizar pais, professores, vizinhos, e todos os agentes da rede de proteção para que fiquem atentos a suspeitas de abusos ou violências”, explica.

As animações mostram crianças chorando e passando por situações de perigo até encontrar alguém para contar o problema. Em um dos casos a acolhida é feita pela professora e no outro, pelos pais.

A campanha será divulgada em mídias sociais e os materiais físicos (cartazes, flyers e cartilhas) serão distribuídos para os agentes da rede de proteção, que inclui profissionais da assistência social, saúde, educação, conselho tutelar e segurança pública dos municípios.

Sinais - Conforme dados do Ministério da Saúde, as quatro principais formas de violência contra crianças e adolescentes são a negligência ou abandono; e violências física, psicológica ou moral e sexual.

Os sinais que indicam que a criança ou adolescente sofreu alguma violência variam de acordo com a idade e tipo de agressão. Além do choro, outras reações são perceptíveis até o fim da adolescência. Em qualquer idade, é preciso prestar atenção ao aparecimento, sem causa aparente, de irritabilidade constante; olhar indiferente e apatia; distúrbios do sono; dificuldade de socialização e tendência ao isolamento; aumento na incidência de doenças, especialmente de fundo alérgico; e frequentes de afecções de pele.

Também é preciso ficar alerta a manifestações precoces de sexualidade, desconfiança extrema, autoflagelação, baixa autoestima, insegurança e extrema agressividade ou passividade.

Denúncias – Em caso de suspeitas, qualquer cidadão pode fazer uma denúncia pelo Disque Denúncia 181.  Os atendentes encaminham as chamadas, de acordo com o caso e a urgência, para o Conselho Tutelar, a Polícia Militar ou outro órgão da rede de proteção. Por esse serviço, disponível em todo o Estado, o denunciante tem sua identidade preservada.

BAIXE AQUI OS MATERIAIS DA CAMPANHA

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