Ações nas cidades marcam o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil 16/06/2014 - 16:10

No Paraná, ações e eventos realizados em diversos municípios marcaram o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, comemorado na última quinta-feira, 12 de junho. A iniciativa, que mobilizou equipes de proteção social básica e especializada dos centros de referência em assistência social (CRAS) e conselheiros tutelares, buscou dar visibilidade e sensibilizar os diversos setores da sociedade civil para o tema.

“Esse trabalho de prevenção é importante para detectar evidências de violação de direitos com mais agilidade”, afirma a secretária da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa. “O envolvimento de toda a população é essencial para protegermos nossas crianças e adolescentes contra qualquer tipo de exploração”, destaca.

No Sudoeste do Estado, teve atividade no município de Enéas Marques para chamar a atenção da população sobre o trabalho infantil. O objetivo foi incentivar os cidadãos a se tornarem agentes multiplicadores, atuando em conjunto com entidades e governo na garantia dos direitos infantojuvenis.

Além de abordagem no centro da cidade, envolvendo comércio e população, foram realizadas orientações em todas as escolas, sala por sala, ressaltado os direitos de crianças e adolescentes.

GRANDE CURITIBA – Na Região Metropolitana de Curitiba, a equipe de profissionais do Centro de Referência em Assistência Social (Cras) da Lapa organizou uma roda de conversa sobre o tema com a participação de crianças e adolescentes dos grupos do Serviço de Convivência Familiar e Fortalecimento de Vínculos. Este serviço faz parte do trabalho social com as famílias e tem o objetivo de prevenir a ocorrência de situações de risco social, promovendo atividades para fortalecer dos vínculos familiares e incentivar a socialização e a convivência comunitária.

Durante o encontro os participantes puderam esclarecer dúvidas e receber orientações sobre o tema. A equipe do Cras também usou recursos visuais, como cartazes e folderes, para sensibilizar a comunidade a respeito do assunto.

A equipe que trabalha na proteção social especializada no Centro de Referência em Assistência Social de Campo Magro também realizou uma abordagem educativa, desta vez com os alunos das escolas do município e integrantes dos projetos sociais Piá Ambiental e Peti Rural.

Em Quitandinha, o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil coincidiu com o aniversário do município (13) e, por este motivo, as ações de conscientização ganharam força com a divulgação em rádios e durante o evento comemorativo.

A equipe que trabalhou na divulgação da ação esteve na reunião anual dos agricultores - grupo que tem recebido atenção especial por pertencer ao maior setor econômico do município, onde pode ocorrer situações de trabalho infantil.

“Trabalhamos junto às escolas e ao conselho tutelar e quando há uma evasão escolar imediatamente tomamos as providências para sanar o problema. Também nos agilizamos em relação aos acontecimentos da Copa do Mundo, orientando os pais para que cuidem dos seus filhos e estejam vigilantes”, explica a assistente social do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) de Quitandinha, Marisa Miniskowski.

As ações de prevenção em Campo Largo, realizadas desde o início do mês, envolveram palestras com especialistas e peça teatral sobre o pior tipo de trabalho infantil que é a exploração sexual de crianças e adolescentes. Também houve distribuição de folderes, divulgação da campanha “Cartão Vermelho ao Trabalho Infantil” e colocação de outdoors e cartazes.

INTERIOR - Em Mauá da Serra, Norte do Estado, os grupos do Serviço de Convivência Familiar e Fortalecimento de Vínculos participaram de palestras, brincadeiras, atividades recreativas, além da divulgação da campanha educativa com cartazes e panfletagem.

Nos municípios de Paiçandu, Floraí, Flórida Paiçandu e Presidente Castelo Branco, região noroeste, a data foi lembrada com apresentações teatrais, sorteio de brindes, apresentações culturais, atividades recreativas, passeatas e abordagem nas escolas.

Com uma passeata pela avenida principal do município, com carro de som e faixas nos principais cruzamentos da cidade e em frente ao Creas, a equipe de assistência social de Mandaguari orientou a população sobre como denunciar situações de trabalho infantil.

Uma blitz educativa com cartazes e demonstrações de como a exploração se manifesta também mobilizou crianças e adolescentes nos municípios de Ivatuba e Nova Esperança.

PROTEÇÃO - A legislação brasileira não permite que crianças e adolescentes trabalhem até os 16 anos, exceto na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos. Entre 16 e 18 anos, há restrições como a proibição do trabalho em horário noturno ou em períodos que comprometam a frequência escolar.

A atividade também não pode ser perigosa, que coloque a saúde em risco, ou em locais que prejudiquem o desenvolvimento físico, psíquico, moral e social do adolescente.

Desde 2013, com a readequação do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) às novas incidências de atividades identificadas no Censo IBGE 2010, o Governo do Estado tem investido no fortalecimento da rede de proteção infantojuvenil com ampliação da cobertura e qualificação da rede de proteção social básica e especial.

As ações incluem a transferência de renda, trabalho social com famílias e a oferta de serviços socioeducativos para crianças e adolescentes que se encontrem em situação de trabalho.

GALERIA DE IMAGENS